Techerinha foi muito melhor do que Garrincha. E muito maior, também. Embora o craque das pernas tortas tenha fama de bem dotado, ele era um oriental quando comparado a Techerinha, que sempre soube tirar vantagem dessa sua exuberância em campo. Várias são as passagens pintorescas, digo, pitorescas, dentro e fora das quatro linhas, em razão desse outro talento.
Certa vez o Presidente do JAC DA FLORESTA, o Engenheiro Doutor Marco Assoni Lago, procurou Techerinha para tomar satisfações. Disse ele que alguns jogadores estavam incomodados com a curiosa forma pela qual o craque se masturbava no vestiário, depois de tomar banho. O Magnânimo deu risada e explicou, com seu jeito simples: “Não é nada disso, Seu Eng. Dr., eu não punheto, não! É que eu num acustumo com o tar de cotonéti, por isso uso a chapeleta pra secar os orvido!”.
Esse seu avantajamento era muito útil dentro de campo. Bastava um zagueiro encostar na marcação pra que o craque ameaçasse: “Hmmm, roça não qui créci!”. Era o suficente para fazer o adversário afastar-se, deixando-o livre para jogar como bem sabia.