- Bem amigos, voltamos mais uma vez ao vivo para o octógono montado na Praça João Mendes, aonde ocorre o primeiro evento no Brasil de MMA – Martial Mix Advocates. Já tivemos nessa noite vários combates interessantes, nos quais advogados de diferentes especialidades puderam se enfrentar em busca do cinturão dourado e dos honorários de 30 porcento, mas esse último confronto está complicado, hein, Caio?
- Pois é, Galvão, e a noite prometia muito depois que o Trabalhista usou bem das suas características protetivas, ouviu as orientações jurisprudenciais e dominou o Tributarista, que se achava imune, mas que mesmo com toda sua parafiscalidade não suportou a força da ultrapetição.
- Essa luta foi mesmo muito boa, Caio, mas a grande polêmica veio do combate entre o Criminalista e o Empresarial. Aquela citação da Convenção de San José foi uma verdadeira apelação!
- Concordo, Galvão. Quando o Criminalista ficou acuado ele demonstrou bem o que é amplitude de defesa, e basicamente o que ele fez foi confundir os jurados que, in dubio, decidiram pro reo. O Empresarial não endossou a derrota, vai entrar com protestos, mas ele deveria saber que a sua estratégia de aplicar golpes em duplicata não funcionaria sem a devida cartularidade.
- Polêmica, amigo! Quanta polêmica! Bom, aqui na luta principal nós tivemos um início forte do Constitucionalista, que é reconhecido por ser um homem de princípios, e que tentou definir rapidamente usando a cartada magna. Mas o Processualista usou de agravos, embargos e de medidas inominadas, e agora as coisas estão totalmente paradas. Parece que a tática do Processualista é protelar ao máximo para ganhar tempo, e o Juiz não consegue tomar uma decisão. Pode isso, Arnaldo?
- O problema, Galvão, é que a regra não é clara, cada um interpreta de um jeito. É muita coisa pro Juiz decidir, isso gerou um acúmulo que ele não deu causa.
- Sei, Arnaldo, sei... E o Promotor do evento, Arnaldo? O Promotor não é o Fiscal da Lei? Ele não pode ajudar pra que a definição ocorra de forma mais rápida?
- O Promotor, Galvão? E você já viu alguma intervenção de Fiscal da Lei que fez a coisa andar melhor?
- Tá certo, Arnaldo. Ih, rapaz, o Processualista aplicou um golpe com efeito suspensivo, agora que a coisa não tem data pra acabar mesmo. Nós vamos então seguir com a programação normal e a qualquer hora voltaremos com as novidades, se é que elas ocorrerão ainda neste ano, pois parece que se aproxima uma greve da Justiça. Fórum, a gente se vê por aí.